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terça-feira, 19 de fevereiro de 2019

ENTREVISTA COM O SENADOR IZALCI LUCAS E O APOIO QUE BOLSONARO TEM NO CONGRESSO

Senador Izalci é o presidente da Comissão de Desenvolvimento Regional e Turismo



Por: Walter Brito

O senador Izalci Lucas, do PSDB brasiliense, eleito com 403.735 votos, correspondentes a 15,33% dos votos válidos, ao que tudo indica, chegou para fazer a diferença no Senado da República. No dia da posse dos senadores, quando se deu a reunião preparatória para a eleição da presidência da Casa, o parlamentar brasiliense mostrou o seu prestígio como um dos mais importantes articuladores da eleição de Davi Alcolumbre (DEM/AP) para presidente do Senado. A eleição ocorreu no sábado, 2/2, ocasião em que o senador do DF deu um show como articulador, quando o seu trabalho foi fundamental para levar o PSDB a apoiar o seu amigo e ex-colega na Câmara dos deputados, o jovem Alcolumbre.
Mineiro de Araújos e brasiliense de coração, Izalci Lucas, em entrevista exclusiva ao Diário da Manhã, disse que ele e o presidente do Senado são amigos de longa data, que a aproximação dos dois iniciou como colegas na Câmara e a amizade se consolidou nos campos de futebol de Brasília e do país afora, onde os dois parlamentares e atletas percorreram diversos estados praticando o futebol amador. Ele disse ainda que os políticos tradicionais exercem seus mandatos focados na próxima eleição e que lutará para convencer os seus pares para fazer diferente, e o foco precisa ser mudado a favor das próximas gerações. Veja a íntegra da entrevista e o percentual de votos que Bolsonaro tem no Congresso para aprovar a Reforma da Previdência!

ELEIÇÃO QUE RENOVOU A MESA DO SENADO

Senador Izalci e o senador Davi Alcolumbre comemoram a vitória para o comando do Senado

A reportagem perguntou ao senador Izalci Lucas qual foi o segredo do ainda jovem Davi Alcolumbre ter vencido a eleição no Senado ao tirar do páreo o MDB, que nos últimos 30 anos comandou o Senado. Além disso o embate se deu efetivamente contra Renan Calheiros (MDB/AL), que presidiu a Casa por três mandatos. Calheiros é um hábil negociador e todos os prognósticos eram favoráveis ao alagoano. Sem pestanejar, o tucano respondeu de pronto: “Alguns colegas tentaram me convencer a colocar minha candidatura para presidente do Senado, mas estou entrando agora, e o ditado popular diz que pato novo não mergulha fundo, por isso preferi apoiar meu amigo Davi Alcolumbre.
 Percebi logo a forma estratégica como ele conduziu o seu projeto, quando viajou o Brasil inteiro e mostrou claro para os senadores a necessidade de renovação na Casa, clamada pelas ruas. O meu trabalho foi ajudar a convencer os nossos pares, de que Davi era a melhor opção e estava preparado para fazer uma gestão de alto nível, embora seja ainda jovem e pertença a um estado pequeno, fator que muitas vezes é olhado de forma preconceituosa. Não importamos com isso e acreditamos no novo projeto. Na sexta-feira, dia 1º/2, na reunião preparatória, quando a senadora Kátia Abreu (MDB/TO) tomou documentos das mãos do Davi, que presidia a sessão, ele se fortaleceu! O jovem senador conduziu com muita tranquilidade e equilíbrio aquela cena horrível, que se tornou ao mesmo tempo histórica. Embora vergonhoso para todos nós aquele momento, ali o Davi se credenciou e mostrou que tinha capacidade para comandar um projeto inovador no Senado a favor do Brasil. Unimos a maioria e vencemos no sábado dia 2/2. Agora é muito trabalho”, disse o tucano.

Izalci é jogador do futebol amador em Brasília


A REFORMA DA PREVIDÊNCIA VEM AÍ!

Conhecedores dos problemas que o Brasil tem para seu desenvolvimento efetivo são categóricos em afirmar que a reforma da Previdência é um divisor de águas e sem ela não haverá avanço na economia e o país poderá chegar ao fundo do poço. Pedimos para o senador falar sobre as reformas e em especial a da Previdência. Com tranquilidade e mostrando conhecimento de causa, o presidente do PSDB brasiliense argumentou: “O Brasil precisa é da reforma do Estado como um todo, pois as reformas pontuais só resolvem parcialmente. Entretanto, o foco do governo é a reforma da Previdência. Neste sentido, precisamos ter um olhar para aqueles que ganham menos, os que têm necessidades especiais, entre outros. Vale ressaltar que é fundamental separar bem o que é Previdência e o que é Assistência, bem como respeitar a transição, o direito adquirido e uma série de pré-requisitos.  Vamos discutir agora a Medida Provisória 871, que foi uma reforma interna da Previdência (INSS). Neste caso, o governo fez o dever de casa antes de mandar a proposta da Previdência, que significa trabalhar para acabar com o ralo da corrupção, a medida é isso: fiscalização e mais controle na concessão dos benefícios que estavam se perdendo, o que representava muito recurso.
A reforma da Previdência é uma questão muito técnica e complexa, por isso temos que ter muito cuidado. Eu disse aos deputados e senadores que o nosso foco não pode ser o pensamento na próxima eleição e sim na próxima geração. A minha neta, por exemplo, hoje com três anos, quando começar a trabalhar vai ter que pagar a conta dos aposentados. Estamos transferindo para as próximas gerações uma responsabilidade que não pertence a elas”, disse o senador.

REGULARIZAÇÃO FUNDIÁRIA

O senador brasiliense foi o presidente da Comissão Mista de Regularização Fundiária no Congresso Nacional, que analisa a regularização fundiária em todo o país. A medida foi sancionada pelo presidente Michel Temer e beneficiará milhões de brasileiros que moram em residências, lotes ou condomínios com alguma irregularidade. Sobre o tema, o senador disse o seguinte para a reportagem: “A medida provisória 759, que agora é lei, certamente precisa ter vontade política para resolver. A lei é um instrumento que dá todas as condições para os governadores e prefeitos regularizarem o que eles quiserem. Se não quiserem também, não vai adiantar nada! A referida lei dá condições de negociação, inclusive as causas na justiça são passíveis de entendimento. Só não será regularizado se não quiserem. Para isso, um dos pré-requisitos é a competência para fazer, pois não dá para colocar qualquer um e fazer qualquer coisa. Precisamos de pessoas com o devido conhecimento, pois o instrumento é maravilhoso. Aqui no DF, por exemplo, o governo precisa ter muita determinação”, disse.

REGIÃO METROPOLITANA DE BRASÍLIA!

Foi aprovada a Medida Provisória que cria a Região Metropolitana de Brasília e está em pleno vigor. Pedimos ao senador Izalci Lucas a sua opinião sobre o assunto e ele disse: “A iniciativa para criar a Região Metropolitana de Brasília é muito boa, entretanto precisa de uma iniciativa do Estado de Goiás, que tem a maioria dos municípios, enquanto que alguns pertencem ao Estado de Minas Gerais. Embora a Medida Provisória já esteja em vigor, ela tem que ser aprovada no Congresso Nacional. Existem emendas que podem comprometer o Distrito Federal, o que não podemos admitir. Entendo que nesta fase é fundamental o diálogo, e envolver todos os municípios na discussão, pois dependemos da aprovação das Câmaras de Vereadores e da aprovação das Assembleias de Goiás e Minas Gerais. Sendo aprovado lá, eles passam a integrar a Região Metropolitana de Brasília. Tem muito o que fazer e vamos precisar da união de todos para o sucesso do projeto”, argumentou.

O EMPREENDEDORISMO AVANÇA NO BRASIL

De acordo com a Organização Internacional do Trabalho – OIT, a tendência do desemprego no Brasil é cair de forma muito lenta em 2019 e 2020. Os dados indicam que a taxa de desemprego em nosso país são as seguintes: no final de 2018 foi de 12,5%, enquanto que a média mundial ficou em torno de 5%. Neste sentido, os índices de desemprego devem cair em 2019 para 12,2% e em 2020 para 11,7%. Em Brasília, no mês de outubro do ano passado, o índice do desemprego, de acordo com a Companhia de Planejamento do DF-Codeplan, chegou à casa de 18,4%. Sobre o assunto, o senador brasiliense explicou o seguinte: “O emprego é de fato um grande desafio que temos. Acompanhamos de perto a área de tecnologia e inovação, e com isso a tendência natural é diminuir o número de empregos. Vale ressaltar que, antigamente, para derrubar uma árvore de grande porte, era necessário a mão de obra de várias pessoas. Hoje existem ferramentas que fazem o mesmo trabalho com o mínimo de trabalhadores e ao mesmo tempo o material é transformado na medida certa e vai direto para o mercado consumidor. A saída é investir forte na educação de qualidade e na qualificação profissional. O empreendedorismo avança forte entre os jovens de nosso país, pois um percentual significativo de nossa juventude quer ter o seu próprio negócio. Nesse tema eu finalizo repetindo o seguinte: o maior desafio do Brasil hoje não é a economia e sim a educação, desde a educação infantil até o nível superior. A maioria de nossos alunos estão concluindo o Ensino Médio sem saber nada. Dos que se formam em cursos superiores, poucos são os que estão preparados. Temos que investir forte na base, pois querer construir uma casa pelo telhado é impossível”. Argumentou Izalci.

RENOVAÇÃO PRA VALER!

A voz rouca das ruas exigiu renovação na política na última eleição. Na Câmara dos deputados a renovação foi de 47,3%, correspondentes a 243 deputados novos. Trata-se da maior renovação desde a eleição da Assembleia Constituinte, em 1986. No Senado, das 54 vagas em disputa no mês de outubro de 2018, 46 foram ocupadas por novos senadores e senadoras, correspondentes a 85%, ou seja, a maior renovação na história do Senado. No DF, foi a primeira vez na história que cinco mulheres se elegeram deputas federais, cuja bancada é composta por oito parlamentares. Dos oito eleitos, apenas a deputada Érika Kokay (PT) foi reeleita. Na Câmara Legislativa, a renovação foi de 67%. No Senado, as duas vagas disponíveis foram ocupadas por dois novatos, Izalci Lucas (PSDB) e Leila Barros (PSB). Leila foi a primeira mulher a se eleger senadora no DF.
Perguntamos ao senador Izalci sobre esta renovação ocorrida na eleição de 2018 e se o PSDB também será renovado. Ele esclareceu: “Ficou patente nas eleições de 2018 em todo o país que as ruas indicam mudanças, não só no sentido de renovar o perfil dos dirigentes do país, como também a modernização na forma de conduzir os diversos poderes: Executivo, Legislativo e Judiciário. Temos que fazer diferente e de modo que o país possa avançar em todos os setores. Quanto à renovação nos quadros de nossa agremiação, a direção do PSDB convocou eleições gerais no mês de março para os municípios; em abril o processo eleitoral do partido ocorrerá nos estados; no mês de maio será a vez da eleição interna nacional. Nesse período acontecerão seminários, congressos, debates de toda a nossa base, quando será formatado um novo programa para o PSDB. Entendo que a nosso partido encerrou um ciclo de 30 anos, período em que contribuiu efetivamente com o desenvolvimento do país em todos os setores, tais como saúde, educação, emprego, a questão fiscal, implantação do Plano Real, entre outros. Reforço que a eleição de diversos quadros novos Brasil afora não significa a mudança clamada pelas ruas, pois temos que mudar as ações a favor do desenvolvimento do país e não simplesmente mudar a pessoa, pelo fato de nunca ter exercido cargo eletivo. Certamente o PSDB terá uma nova gestão, com um programa moderno e que atenda ao clamor da sociedade”, arrematou Izalci.

A RELAÇÃO DO BRASIL COM O MUNDO

Na área internacional, o Brasil balança e preocupa o mercado e o Congresso. A presença do primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, na posse de Bolsonaro, obviamente indicou que a embaixada brasileira em Tel Aviv mudasse para Jerusalém. A ajuda humanitária oferecida por Israel na tragédia de Brumadinho em Minas Gerais, certamente reforçou o desejo de Bolsonaro de efetivar a mudança de nossa embaixada. Por outro lado, o apoio do Brasil ao presidente da Assembleia Nacional da Venezuela, Juan Guaidó, que se declara presidente interino daquele país, é mais um assunto que preocupa o Brasil. Sobre os temas, o senador Izalci comentou: “O Brasil sempre foi um país onde reinou a paz e sem a participação em conflitos internacionais. No meu entendimento, não podemos entrar na discussão de Israel, pois temos uma relação comercial forte com os países árabes, além de a Colônia Árabe no Brasil fazer parte de nossa história. Independentemente disso, acho que temos que fortalecer a relação com Israel, continuar fortalecendo as relações com os EUA, sem o alinhamento automático, e também com a China, que tem uma balança comercial favorável ao Brasil, entre outros países. No caso da Venezuela, é outra briga que no meu entendimento temos que ficar fora. Evidentemente, não podemos admitir o que está ocorrendo lá, mas não vamos entrar nas relações internas da Venezuela”, opinou o senador do PSDB.

IZALCI ASSUME PRESIDÊNCIA DA COMISSÃO DE DESENVOLVIMENTO REGIONAL E TURISMO

A Comissão de Desenvolvimento Econômico e Turismo é um instrumento para minimizar as desigualdades regionais.  O senador brasiliense Izalci Lucas foi eleito seu presidente e já toca suas atividades a todo vapor. Questionado pela reportagem sobre o novo cargo, ele afirmou: O presidente Davi Alcolumbre e nossos pares reconheceram o meu trabalho na eleição da nova Mesa do Senado e nos escolheu para presidir esta comissão, que aliás não era do PSDB. Eu sempre disse que um dos maiores problemas de Brasília e do Brasil, além da educação, é sem dúvidas o desemprego. O desafio na busca de mais emprego passa pelo desenvolvimento econômico. Por sinal, estamos tocando no Distrito Federal o Centro de Desenvolvimento Regional, que tem o mesmo nome da comissão que presido. Trata-se de política de Estado em parceria com o Ministério da Educação e o Ministério da Ciência e Tecnologia, CAPS, CNPQ, SEBRAE e o setor empresarial. O objetivo é ajudar os pequenos e microempresários, além de trazer inovação por meio da tecnologia. Portanto, Brasília é um piloto de tudo isso, e  a comissão que presido é estratégica e fundamental na busca de desenvolvimento do País”, concluiu.
Embora o senador Izalci tenha dito que pato novo não mergulha fundo, ele, como bom mineiro, vai comendo pelas beiradas e já é uma voz ouvida no PSDB nacional e no Congresso renovado. Sua experiência como deputado distrital, secretário de Estado e deputado federal atuante, além dos dribles e passes certeiros que aprendeu na prática do futebol amador, permitiram ao tucano de proa saber a hora de recuar, controlar o jogo no meio de campo e também a hora de atacar e fazer gols. A preocupação do senador com as futuras gerações é de fato um alerta àqueles que estão focados na próxima eleição.

BOLSONARO TERÁ APOIO SIGNIFICATIVO NO CONGRESSO

Bolsonaro e Mourão- juntos e misturados!


 Por fim, a Reforma da Previdência que é uma das prioridades do governo Bolsonaro, ao lado da Segurança Pública, e o combate ao crime organizado, em 2019, tem tudo para emplacar no Congresso. Neste sentido, especialistas em pesquisas são categóricos em afirmar que o governo conta com o apoio na Câmara de 66% dos deputados, enquanto que o apoio no Senado é dado por 60% dos senadores. É certo que a saída de Gustavo Bebiano do governo, da forma que se deu, ainda preocupa a gregos e troianos; entretanto, segundo analistas tarimbados que conhecem bem os tapetes verdes e azuis do Congresso, o general Floriano Peixoto, que substituiu Bebiano na Secretaria-Geral da República, dará conta do recado e ajudará a acalmar o mercado, abrindo espaços para a chegada de investimentos internacionais, que vão fluir a favor do equilíbrio da economia e do desenvolvimento pleno do País. O outro general, Hamilton Mourão, aos poucos e do seu jeito, vai mostrando aos brasileiros de todos os rincões que ele e Bolsonaro estão juntos em defesa da nação. Que Deus ajude o nosso Brasil!

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