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Senadora Renilde Bulhões (PROS/AL) |
Por: Walter Brito
A senadora Renilde Bulhões (PROS/AL), primeira suplente do senador
Fernando Collor (PROS/AL), está substituindo o ex-presidente pelo período de
quatro meses. Ela trabalha com muita vontade e defende os pequenos municípios
de seu estado, e sua atuação acaba beneficiando outros municípios de pequeno e
médio portes do Brasil.
A doutora Renilde Bulhões foi muito prestigiada ao assumir o mandato no
dia 19 de abril, quando afirmou da tribuna daquela Casa de Leis: “Na condição
de mulher sertaneja reafirmo o meu empenho em servir minha terra, e no Senado
vou me dedicar para corresponder às expectativas do povo alagoano”. Na ocasião
o líder do PROS no Senado, senador Telmário Miranda, disse que se sentia
honrado com a posse da médica e ex-prefeita de Santana do Ipanema – AL, ao
assumir o mandato de senadora pelo partido que ele lidera no Senado da
República. O senador Rodrigo Cunha do PSDB e conterrâneo de Renilde parabenizou
a terceira senadora de Alagoas, pela sua trajetória como médica e política,
oportunidade em que lhe desejou sucesso na nova empreitada, cuja finalidade é
representar o seu estado na capital brasileira. Ressaltamos que antes de Renilde
(primeira suplente de Collor), foram senadoras por Alagoas, Heloísa Helena do
PT e Ada Mello (segunda suplente do primeiro mandato de Fernando Collor).
FAMÍLIA TRADICIONAL DE ALAGOAS
FAMÍLIA TRADICIONAL DE ALAGOAS
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Prefeito Isnaldo Bulhões |
Vale lembrar que a senadora Renilde
pertence a uma família tradicional na política, na iniciativa privada e
no meio intelectual do Estado de Alagoas. Na política as referências são fortes
e a família atua há mais de seis décadas na vida pública e em prol de melhorias
para o povo alagoano. Neste sentido, o saudoso ex-governador de Alagoas Geraldo
Bulhões, que era cunhado da senadora Renilde, foi sem dúvidas um dos ícones do
desenvolvimento naquele estado nordestino. O esposo da senadora, Isnaldo
Bulhões, que foi presidente do Tribunal de Constas do Estado de Alagoas, é o
atual prefeito de Santana do Ipanema e está dando continuidade ao trabalho
desenvolvido pela esposa em todos os setores.
Com o mesmo interesse público e compromisso com os alagoanos, o herdeiro
do prefeito Isnaldo e da senadora Renilde, Isnaldo Bulhões Barros Júnior, o
Isnaldinho, também se embrenhou pela política em sua juventude plena, quando
aos 21 anos se elegeu vereador pelo PSD. A partir daí, ele seguiu firme na
política e conquistou cinco mandados consecutivos de deputado estadual, até
chegar ao Congresso Nacional em 2018 com mais de 71 mil votos de todos os
rincões de Alagoas. Hoje mãe e filho fazem dobradinha no Congresso Nacional:
ela no Senado e o filho na Câmara Federal. Outra referência importante da
família da senadora trata-se do médico Roberto Salgueiro, irmão da senadora Renilde,
que foi eleito no dia 19 de maio, provedor do Hospital Santa Rita, na cidade de
Palmeira dos índios.
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Deputado Federal Isnaldo Bulhões Junior |
ENTREVISTA NA TV SENADO
Entrevistada pela TV Senado recentemente, a senadora contou sua história
de lutas, conquistas e vitórias a favor de seu povo, tanto como médica
obstetra, inclusive passando pela diretoria de um hospital, como política que
tem compromisso com a população, especialmente os residentes nos pequenos
municípios do sertão alagoano. Questionada pela reportagem da TV Senado para
falar sobre sua experiência como prefeita de Santana de Ipanema, entre 2005 e
2012, a senadora argumentou: “Tive a satisfação de administrar Santana de
Ipanema por dois mandatos, cuja população tem 48 mil habitantes. As
dificuldades de um prefeito em nossa região são enormes e o gestor precisa ter
boa vontade e disposição e gostar de gente. Nós gestores somos conhecedores de
todos os anseios da população. Quando o prefeito acorda, a porta de sua casa já
está repleta de pessoas na busca de resolver seus problemas pessoais e da
comunidade”.
A senadora continua em sua
argumentação: “São demandas da zona rural e da zona urbana. Os pleitos são os
mais diversos, como recuperação de estradas vicinais, saúde pública, educação e
até pedidos pessoais, como ajuda para viabilizar uma consulta urgente, a compra
de medicamentos, uma mãe que precisa de uma passagem para visitar o filho. Lá
em nossos municípios, 60% das demandas são resolvidas pela prefeitura. E mais,
são os prefeitos também que contribuem efetivamente com a segurança pública,
embora seja um dever do estado. A participação do prefeito se dá também no que
diz respeito à educação em nível superior. Na minha gestão, contribuímos, e
muito, com soluções para as políticas públicas estaduais e também federais”.
Explicou a ex-prefeita e senadora.
A senadora fala sobre a
importância da educação superior na cidade que administrou: “Conseguimos levar
para o nosso município o programa Universidade Aberta do Brasil. O programa foi
lançado em Brasília, mas é sucesso em nossa Santana do Ipanema, com quinze
cursos em funcionamento. Foi por meio da referida ação que nos permitiu
melhorar o nível de nossos professores e a mão de obra qualificada no serviço
público e iniciativa privada. Hoje temos a honra de falar que todos os
professores do Ensino Fundamental e Médio são graduados e certamente toda a
região foi beneficiada, pois Santana de Ipanema é uma cidade polo cercada por
municípios menores com cinco mil, oito mil ou doze mil habitantes em média, e a
maioria dos referidos municípios pertenciam a Santana do Ipanema e foram se
emancipando”, disse a senadora Renilde.
DIFICULDADES
FINANCEIRAS E ESCASSEZ DE MÃO DE OBRA
Sobre os recursos do FPM repassados para os municípios, a senadora disse
ser insuficientes para cobrir os custos da administração e fazer investimentos,
mesmo somados aos recursos arrecadados pela prefeitura com os impostos. Ela
argumenta que sua região é árida e chove pouco. “Quando chove, o agricultor
planta e colhe, mas quando não chove o agricultor fica em dificuldades. Outras
vezes chove muito e a safra é perdida. Mesmo assim as pessoas são alegres e
trabalhadoras. Por esta e outras razões a arrecadação da prefeitura contribui muito
pouco para o complemento do Fundo de Participação dos Municípios – FPM”. Outra
dificuldade que a senadora disse ter na região trata-se da escassez de mão de
obra especializada na maioria dos municípios. “Em nosso município, muitos que
lá nasceram e se formaram fora, como por exemplo, em Medicina, Engenharia,
Direito, Arquitetura e outros, nós conseguimos levar de volta e ajudam na
administração, o que não é a realidade na maioria dos municípios vizinhos”,
disse.
A REDENÇÃO DOS MUNICÍPIOS
ALAGOANOS E BRASILEIROS
A reportagem da TV Senado perguntou à senadora sobre qual seria a
alternativa viável para ajudar os municípios de médio e pequeno portes. A
senadora respondeu de pronto: “ A formação de consórcios entre os municípios
ajuda muito, mas muitos prefeitos ainda não entenderam a importância do
consórcio público. O consórcio, na verdade, é a redenção dos pequenos
municípios, pois juntos se tornam mais fortes”, concluiu a senadora Renilde
Bulhões.
De acordo com pesquisa nacional recente, existem cerca de 3.500
consórcios intermunicipais em todo o país. Segundo os mesmos dados, a
explicação do fenômeno torna-se especialmente relevante quando se considera ter
sido uma prática pouco frequente antes da Constituição de 1988. A defesa dos
consórcios feita pela senadora alagoana pela TV Senado, quando disse com todas
as letras que os consórcios representam a redenção dos pequenos municípios,
certamente vai alertar não só os prefeitos de Alagoas, mas é um chamamento para
a maioria das 5.570 prefeituras deste país de dimensões continentais.
Parabenizamos o senador Fernando Collor por ter
contribuído com a ascensão da mulher alagoana ao posto de senadora da
República, quando oportunizou que Ada
Mello e Renilde Bulhões ocupassem merecidamente os seus lugares na história.
Sucessos à senadora Renilde Bulhões!
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