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domingo, 26 de agosto de 2018

ELEIÇÕES EM BRASÍLIA

BRIGADEIRO ÁTILA MAIA ENFRENTA PODEROSOS NA DISPUTA PARA O SENADO
Brigadeiro Átila Maia pontua com 3% para o Senado

Por: Walter Brito
Na eleição de 2014 no país, 888 militares de diversas patentes e de todas as forças se colocaram como candidatos. Em 2018, segundo o TSE, são 990 militares que concorrem a todos os cargos, ou seja; de deputado estadual e distrital ao cargo máximo que é presidente da República, o que corresponde a um acréscimo de 11%. A tomada do poder pelos militares por meio do processo democrático não é um pensamento só da caserna, mas também daqueles que entendem que os militares deixaram legado importante nos 21 anos que comandaram o país (1964/1985).
Vale ressaltar que a ditadura militar restringiu o direito do voto, a participação popular e reprimiu com muita autoridade todos os movimentos de oposição. Mas 33 anos após o regime militar, tudo indica que parte significativa de nosso povo tem saudade desse período de nossa história. A ascensão do capitão do Exército Jair Bolsonaro (PSL) nas pesquisas para presidente da República é um exemplo clássico. Ele é o segundo colocado em todas as pesquisas nacionais e só perde para o ex-presidente Lula (PT), encarcerado em Curitiba e com poucas chances de sair candidato.
Átila Maia enfrenta poderosos com poucos recursos financeiros

Na pesquisa da Datafolha, do dia 22 de agosto, Luiz Inácio Lula da Silva lidera com 39% de intenção de votos, enquanto que o capitão Jair Bolsonaro é o segundo colocado com 19%. Neste sentido, diversas empresas de pesquisas são categóricas em afirmar que Lula transfere para Fernando Haddad (PT),  percentuais que variam de 30% a 35% de seus votos, o que consolida a candidatura de Haddad com 11% e 14% respectivamente. Com esta análise, fica claro que Fernando Haddad e Jair Bolsonaro disputarão o segundo turno. A não ser que ocorra um grande terremoto em Curitiba, para impedir a transferência de  votos de Lula para Haddad e uma desconstrução em 40  dias pelos políticos de centro da candidatura de Bolsonaro, o que é pouco provável! Veja bem: Marina Silva (REDE), Ciro Gomes do PDT, Geraldo Alkmin (PSDB),  Henrique Meirelles do MDB e Álvaro Dias do Podemos não apresentam fatos novos para um crescimento e indicam patinar nas pesquisas até o dia 7 de outubro. Enquanto isso, a caserna e seus aliados travam uma disputa contra a militância petista, que é implacável!
Vale ressaltar que a nova ordem mundial permitiu mudanças efetivas no sistema de comunicação em nosso país, onde as redes sociais estão dominadas pelos que estão com a caserna e os que estão contra. Os contrários, a maioria reza na cartilha de Lula da Silva, que por meio das cartas do cárcere comanda blogueiros de plantão nos 5570 municípios brasileiros. O blogueiro-mor, Paulo Henrique Amorim, funciona como porta voz da campanha: Lula é Haddad e Haddad é Lula! A estratégia avança e impede o crescimento de Marina e de Ciro principalmente. Com isso, a militância se anima a cada dia. Centenas de Paulos Henriques Amorins surgem nos 27 estados da federação, ao tempo em que fabricam milhões de Lulas que se transformarão em Haddad no dia 7 de outubro. Nesta seara, a palavra de ordem, tanto na caserna como na militância petista, é a obediência. Obediência aos dois líderes do momento: Lula e Bolsonaro, que comandam os brasis divididos.
O jornalista e blogueiro, Paulo Henrique Amorim
Foi neste clima que estivemos na sede nacional do PRTB, localizado em um belo edifício comercial, no Setor Hoteleiro Norte no DF, quando entrevistamos o brigadeiro Átila Maia, candidato ao Senado pelo PRTB, mesmo partido do vice de Bolsonaro, o general Hamilton Mourão. É importante lembrar que o brigadeiro Átila, exerceu fora da caserna diversas atividades, entre as quais assessorou a Aeronáutica durante 25 anos no Congresso Nacional e foi o vice-ministro da Pesca, tendo como titular o atual prefeito do Rio de Janeiro, Marcelo Crivella. O brigadeiro também é autor de um livro intitulado - Enfrentar: A Única Possibilidade. Em sua obra,  Átila mostra de forma clara que a maioria das pessoas tem dificuldades de resolver os seus próprios problemas. Ele ensina a arte de transformar a dor, o medo, a frustração, a decepção e a perda em energia realizadora, em favor da vitória final.
Pedimos ao amigo pessoal de Jair Bolsonaro que falasse sobre o seu projeto rumo ao Senado pelo PRTB. De forma sempre alerta  e antenado com o pensamento militar e também conhecedor do pensamento de fora da caserna, Átila foi direto ao assunto: “Eu me preparei para este momento. Cumpri a minha missão na carreira militar e convivo com o mundo da política há 25 anos, quando tive a oportunidade de trabalhar como assessor parlamentar da Aeronáutica no Congresso Nacional. Esta candidatura que abraço com muita fé representa uma oportunidade única para mim e também para o eleitor brasiliense que conheceu e está conhecendo na campanha  o trabalho que prestei ao Brasil. Por meio de minha experiência, certamente  ainda posso contribuir muito. Estou disponibilizando o meu nome, a minha capacidade técnica e  minha credibilidade ao povo de Brasília. Percebo nestes poucos dias da pré-campanha e agora em plena campanha rumo ao Senado, que apesar de ser um enfrentamento contra os poderosos da política, o nosso projeto está dando certo, pois já tenho 3% na maioria das pesquisas”, argumentou.
Perguntamos ao candidato Átila Maia qual a mágica que ele está fazendo para pontuar nas pesquisas enfrentando políticos profissionais e, um deles, o candidato mais rico do Brasil, superando inclusive a fortuna de todos os presidenciáveis. Ele respondeu de forma descontraída: “Embora eu já esteja à frente de pessoas conhecidas da política brasiliense, eu só gastei com a gasolina de meu automóvel, pois participo de diversas reuniões todos os dias no DF. É por meio de meu celular que disparo a maioria das notícias minhas que são lidas pelos eleitores na internet. Os textos são de minha autoria, sou o cinegrafista, o fotógrafo e o motorista de minha campanha. Estou produzindo pessoalmente meu material que entregarei pelas ruas de Brasília de mão em mão. Estou inscrito na plataforma de doações populares de onde vou tirar o sustento de minha campanha. Trata-se de uma doação simbólica de R$ 2,81. Este  é também o meu número e o meu eleitor poderá digitar na urna. Quem quiser doar uma quantidade maior, basta conservar o final do número. Por exemplo, caso ele tenha a intenção de doar entre duzentos e cinquenta e trezentos reais, a opção seria R$ 281,00, ou R$  1.281,00 , se tiver a intenção de ser mais de mil reais. Acredito na mudança e tenho a convicção de que a mudança ocorrerá, independentemente do poder econômico”, arrematou Átila Maia.
Referente à candidatura do capitão Bolsonaro para presidente da República, o brigadeiro Maia pontuou: “Trata-se de uma candidatura legítima que representa muito bem os anseios da sociedade neste momento  de instabilidade política e econômica, além da corrupção que é um câncer que impede o desenvolvimento da nação. Bolsonaro tem serviços prestados ao país, estou com ele e acredito firmemente em sua vitória. Ele escolheu como vice  o general do Exército Hamilton Mourão, que pertence ao meu partido, o PRTB. Obviamente  que um militar de alta patente complementa e fortalece  a chapa do Bolsonaro.  Estamos portanto na mesma coligação no plano nacional. No plano local eu apoio o general Paulo Chagas, que tem possibilidades reais de virar o jogo e vencer a disputa para o Palácio do Buriti. Acrescento ainda que a primeira suplente na minha chapa é a professora da rede educacional de Brasília, Sulamita Muniz”, disse Átila.
Perguntamos ao candidato do PRTB se a segurança pública tem  que ser focada na prisão de delinquentes. Ele argumentou de forma categórica: “Os governantes precisam entender que segurança pública é um conjunto de medidas, pois não adianta apenas combater a criminalidade, se não tivermos uma boa escola para todos, bem como a saúde pública  de qualidade e emprego para o nosso povo. Por isso precisamos desenvolver atividades econômicas em todo o DF e incentivar indústrias na região metropolitana de Brasília. As pessoas precisam ter empregos e receber dinheiro para o seu sustento. Caso contrário,  a alternativa será a marginalidade. Isso precisa ser ajustado. A juventude brasiliense tem vocação para a tecnologia. Portanto, precisamos de criar aqui um grande parque tecnológico, que vai propiciar  emprego e renda. Outra saída para dar emprego ao nosso povo seria a realização de grandes eventos nacionais e até internacionais, pois aqui, durante seis meses, não cai um gota d’água, o que facilita  abrigar eventos de grande porte”, opinou Maia.
A primeira suplente Sulamita Muniz e Átila Maia - 281
Nas despedidas desta entrevista, o brigadeiro disse que durante os 25 anos em que assessorou a Força Aérea Brasileira no Congresso Nacional, sua maior referência foi o saudoso senador Antônio Carlos Magalhães, pois era um político decidido, organizado e amava o seu trabalho no Congresso. “Não conheci nenhum outro igual. Aproveito para me despedir, oportunidade em que agradeço o espaço do jornal Diário da Manhã. Aos eleitores eu digo o seguinte: a decisão nas urnas no dia 7 de outubro é de cada um de nós. Você decide se quer mudar ou não”, concluiu.

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