BRASÍLIA — O goiano Kaíque Luan Ribeiro Guimarães, de 18 anos, detido na Bulgária a caminho da Turquia com dois amigos marroquinos, pediu ao tribunal do distrito de Haskovo para ser extraditado para a Espanha, de acordo com o o jornal búlgaro “Dneven Trud”. Conhecido como Hakim, ele foi preso na semana passada pela polícia de fronteira, junto com os marroquinos Tafik Mauhouch, de 24 anos, e Mohammed El Gabbro, de 27, acusados de receber fundos de recrutamento da ala radical do Estado Islâmico na Síria.
Sob suspeita de estar a caminho da Síria para se unir ao extremistas, o trio foi levado a um tribunal búlgaro por policiais armados vestindo coletes à prova de balas. Pela lei búlgara, os estrangeiros detidos têm direito a um período de três dias de reflexão, no qual podem se declarar culpados ou aguardar a decisão dos juízes.
— Fomos numa viagem à Grécia e a Istambul, e voltaríamos para a Espanha. Não tenho qualquer ligação com islamistas, e estou preocupado por ser considerado um terrorista — afirmou Kaíque ao jornal búlgaro. — Quero ser extraditado o mais rápido possível.
Kaíque vive há dez anos na cidade de Terrassa, nos arredores de Barcelona. Os companheiros de viagem também pedem um retorno rápido à Espanha. Maunouch é o único do trio com antecedentes criminais por uma violação leve da lei.
Magistrados do distrito de Haskovo decidirão o destino do trio no dia 5 de janeiro, após os feriados de fim de ano. Segundo informações divulgadas pela própria polícia búlgara, Kaíque é natural de Formosa, a 282 quilômetros de Goiânia. Mas, a pedido do governo da Espanha, o Itamaraty e o governo brasileiro não vão interferir no caso. Ele estaria sendo procurado pela Interpol
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