A tricotagem política entre o senador eleito Ronaldo Caiado e o principal líder do PMDB em Goiás, Iris Rezende, tem a ver com a eleição para prefeito de Goiânia, em 2016, mas também com a disputa do governo de Goiás, em 2018.
É fato que Iris Rezende tem forte capital eleitoral em Goiânia, tanto que foi eleito em 2004 e reeleito em 2008. Na primeira, derrotando o PT e um candidato da base governista. Na segunda, contando com o apoio do petismo de Paulo Garcia, derrotando a base marconista. Porém, depois da terceira derrota para o governo do Estado e porque terá 83 anos em 2016, sua candidatura possivelmente seria mais complicada. O apoio de Ronaldo Caiado poderia dotar sua campanha de um discurso mais contemporâneo e uma contundência mais qualificada.
Porém, como não há nada de graça em política, o irismo terá de apresentar a contrapartida. Em conversas reservadas, com os mais íntimos de seus aliados, Iris Rezende estaria dizendo que veta apenas dois nomes para governador em 2018: Júnior Friboi e Daniel Vilela. O irismo, especialmente aquele mais familiar, considera o empresário e o deputado federal eleito como “traidores”.
Se veta Júnior Friboi e Daniel Vilela, qual seria o nome de Iris Rezende para o governo? Não tem. Aí entra Ronaldo Caiado como seu possível candidato a governador.
Aliados de Ronaldo Caiado frisam que ele não quer disputar o governo como candidato da terceira via, porque sabe que seria atropelado pela histórica polarização entre o peemedebismo e o tucanato. Por isso, a aproximação com o PMDB de Iris Rezende. Este tem admitido que prefere apoiá-lo a compor com integrantes do partido que trata como adversários e, em alguns casos, até inimigos pessoais.
O vice de Ronaldo Caiado seria indicado por Iris Rezende. O presidente do DEM por certo consideraria a hipótese de um vice como Daniel Vilela, mas o peemedebista-chefe não aceitaria.
Fonte: Jornal Opção
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